Foto de capa: Viveros Sophie
A Oliveira Canetera é uma coadjuvante dentre as mais de 550 cultivares registrados na Espanha. Ou seja: detêm alguma importância econômica, mas em escala reduzida (2 em uma escala de 1 a 4, maior para menor importância)
É encontrada apenas na Espanha e de forma regional.
Outros nomes – Sinonímia
Albalat, Nana, Canetí, Llusio, Seniera, Seniero, Del Senia, Ceniera (Ceñera) e Fratupí (Fra Tupi).
Principal destinação
Como já comentado em outras publicações, é possível se fazer azeite e azeitona de mesa com todas os cultivares, contudo os melhores resultados é que definem a utilização mais frequente do mesmo.
A Canetena não tem referência na utilização para azeitona de mesa, logo podemos considerar que 100% é destinada a produção de azeite.
Origem e locais de cultivo
A fora ter surgida na Espanha, não há outra certeza sobre a região onde surgiu. Lembramos que a Espanha, durante o período de dominação pelo Império Romano, que começou em 206 a.C., mas especificamente em 211 a.C., ocorreu um forte desenvolvimento da olivicultura. Vide: Oliveiras Pelo Mundo: ESPANHA – OLIVAPEDIA.
Pelo tempo passado e mudanças de controle sobre a península Ibérica, é de se supor que não apenas o período e local de criação de novos cultivares, mas como até mesmo novos cultivares tenham sido criados e se perderam ao longo do tempo.
Cultivo atual
Os locais de cultivo são restritos a Espanha, e mais especificamente ainda a província de Castellón e o sul de Tarragona. A área total planta fica em torno de 2.800 hectares.
FONTES:
Tous J., Romero A., Barranco D, Olive cultivars in Catalonia (Spain).Acta Horticulturae – 1990.
Vol: 286 Pages: 129-132.
Tous MartÍ J., ESTRUCTURA VARIETAL DEL OLIVO EN TARRAGONA. 2° CONGRESO SOCIEDAD ESPAÑOLA CIENCIAS HORTÍCOLAS, VOL. 1: 240-247. CÓRDOBA, SPAIN. 1986.
Tous MartÍ J., Romero Aroca A., VARIEDADES DEL OLIVO. FUNDACIÓN “LA CAIXA”. BARCELONA, SPAIN – 1993.
Rallo L., Barranco D., Caballero J.M., Del Rio C., Martin A., Tous J., Trujillo I., Variedades de Olivo en Espana – 2005. Pages: 478 – Mundi-Prensa Madrid, Barcelona, México.
MORFOLOGIA
Características agronômicas e Susceptibilidades
Características especiais
Devido ao baixo vigor da Canetera, a prática de se usar outros cultivares como base (cavalo) para o enxerto é comum. Dentre os cultivares utilizados com esse propósito, destaca-se a Farga, cultivar de alto vigor, também espanhol.
Deve ser podada apenas levemente. Também não é aconselhado seu uso em plantação em sebe (intensiva e super intensiva), pois é susceptível a verticillium, o que é agravado em condições de irrigação e alta fertilização, necessárias em plantações de sebe.
Mais sobre o azeite
Bem processado, o azeite é excelente. Possui um frutado verde de média-alta intensidade. Persistente com palato médio, persistente. Transmite uma sensação de clorofila. Seu amargor é intenso, mas sem exageros.
O aroma lembra amêndoas verdes, alcachofra e banana verde. No final remonta a especiarias de forma suave.
Algumas fontes indicam a harmonização com pão com queijo de ovelha curado, queijo de cabra ou roquefort.
Características químicas gerais
De uma maneira resumida, podemos identificar o azeite da Callosina da seguinte forma:
- Ácido linoléico: Médio
- Ácido linolênico: Médio
- Ácido oléico: Alto
- Ácido palmítico: Médio
- Ácido palmitoléico: Médio
- Ácido esteárico: Médio
- Polifenóis (total): Médio
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