Imagem de capa baseado em foto cedida por Viveiros Sophie
O território da Turquia é essencialmente o berço das oliveiras cultivadas em tempos remotos. Há mais de 6.000 anos.
A Ásia Menor, região onde se encontra a Turquia, é considerada a região onde maiores evidências apontam para o início do cultivo das oliveiras. Não por acaso a região conhecida como Crescente Fértil, fica próximo, e foi lá onde o ser humano deu seus primeiros passos em direção ao desenvolvimento das primeiras civilizações.
A região em verde é o “Crescente Fértil”. Região onde o ser humano começou a cultivar e a se fixar em um território há aproximadamente 11.000 anos atrás. Passo fundamental para o início de todas as civilizações vindouras.
Abrange os territórios atuais da Palestina, Jordânia, Israel, Líbano, Kuwait e Chipre, além de algumas partes do Egito, da Síria, do Irã e da Turquia.
Logo “acima e do lado esquerdo” encontramos a Anatólia, ou ainda: Ásia Menor, território de maior aceitação para domesticação das oliveiras.
Um cultivar que vem da origem da domesticação das oliveiras
Como consequências naturais, as oliveiras estão intimamente ligadas a cultura local, tanto o consumo de azeitona de mesa como azeite, e se tornou berço de vários cultivares autóctones, ou seja: nativos, forjados pelo cultivo humano.
Essa cultura, ao longo dos séculos / milênios estendeu-se aos territórios vizinhos que também criaram seus cultivares, como já foi visto em várias publicações da Olivapedia. Como Arábia Saudita, Iraque, Irã, Palestina, Israel…
Em um momento seguinte as oliveiras foram difundidas por todos territórios ao longo do Mar Mediterrâneo, quer seja através do comércio, quer seja de forma a tornar os territórios produtores de interesse do povo “colonizador”. Por exemplo gregos, fenício e romanos.
Simonia do cultivar Çakir
Na Grécia o cultivar é conhecido como Valanolia. Também está em Khíos, Mytilene, Skýros e Kerkira. Na Espanha, também sob o nome de Valanolia.
Outros nomes utilizados na Grécia: Kolovi, Melolia e Mytilinia.
Cultivares da Turquia
São 71 cultivares autóctones distribuídos da seguinte forma.
Grau de importância
Principal destinação
Dentro dos critérios acima apresentados, onde se localiza o cultivar Çakir
Quanto ao de importância o mesmo é classificado como 2, ou seja: de menor importância, mas ainda explorado comercialmente.
Quanto a principal utilização, 33% das fontes indicam o uso para duplo propósito e 66% para uso exclusivo na produção de azeite.
O cultivar Çakir é milenar, e se originou em torno da cidade de Izmir (Esmirna), que na antiguidade era conhecida como Smyrna. Ainda é cultivada nesta cidade, presente na forma de velhos olivais. Presente em Kemalpasa, no mesmo distrito de Izmir, um pouco a leste. Também está presente de maneira espaçada pela costa do mar Agean (Egeu).
Na Grécia é cultivada na ilha de Lesbos, região sul e leste, onde representa 70% de todas as oliveiras da ilha. Também está em Khíos, Mytilene, Skýros e Kerkira.
Na Espanha é cultivada em Córdoba.
Coleções
Além dos ocais de cultivo, está presente em coleções em
- China
- Espanha
- Israel
- Itália
- Turquia
Morfologia e características agronômicas
A árvore não se desenvolve em grandes tamanhos, e é pouco exigente no cultivo, sem técnicas especiais ou fertilização.
Apesar de não crescer muito, possui ramos largos. Suas folhas, compradas a outras oliveiras são relativamente largas.
A madeira da oliveira é quebradiça.
O teor de azeite dos frutos pode chegar a 30%, desde que o fruto tenha crescido o suficiente e em condições favoráveis no período de 3 a 4 semanas após a floração.
OBSERVAÇÃO: Não foram encontradas descrições sobre suas resistências bióticas e abióticas.
Características especiais – Azeite & Azeitona
Este cultivar casta apresenta um azeite de excelente qualidade, com um aroma intenso e um sabor ligeiro. É considerada o quinto melhor cultivar presente na Turquia, ficando atrás apenas dos Ayvalik, Memecik, Memeli e Erkence.
Como azeitona de mesa pode ser consumido preta ou verde.
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