Também conhecida como Ascolano, Noce, Nociu e Oliva da Indolcire, a Ascolana Terena é uma deliciosa azeitona de mesa, originária da Itália.
É uma oliveira auto incompatível, ou seja, precisa de outras variedades para polinização. Além disso, a Ascolana é um cultivar muito exigente quanto ao solo e clima. Demandas essas que, caso não sejam atendidas, resultarão em um alto número de aborto de flores.
A Oliveira da Ascolana Terena
Esta variedade produz árvores altas, com tendência à verticalização e copa densa. Logo, não é indicada para o cultivo em sebe e deve ser plantada com distanciamento adequado entre as árvores – sugere-se um compasso de 7m x 7m.
É muito exigente com o solo – que não pode ser compactado e deve ter muito calcário. Deve ser plantada em local com baixa amplitude térmica, principalmente com temperaturas abaixo de 35ºC. Como todas as oliveiras, precisa de boa insolação e umidade adequada, especialmente no período de floração e frutificação. Desta forma, apresentará alta produtividade, de forma constante e precoce: entre o 3º e 5º ano.
Durante a floração da Ascolana Terena, cada pedúnculo suporta entre 18 e 25 flores. Contudo, sua floração é tardia e tende a abortar muitos ovários. Por tratar-se de um cultivar que não é auto-compatível, é muito importante a presença de uma espécie polinizadora cruzada adequada. Algumas possibilidades: Santa Caterina, Itrana, Rosciola, Morchiaio, Giarraffa, Leccino, Frantoio, Pendolino, Arbequina, Picholine, Cayet roux, Grossane, Belgentier, Cayon e Corniale.
A maturação dos frutos que “vingam” é rápida.
Este cultivar é bastante tolerante ao frio e resistente ao olho-de-pavão, tuberculose e a fungos que atuam no tronco. Contudo, é sensível a mosca da azeitona – não presente no Brasil.
A azeitona da Ascolana Terena
Maior vocação: Mesa
Possui peso “muito elevado” (em média 5g) e formato elíptico, quase simétrico. Sua polpa (mesocarpo) se desprende com relativa facilidade do caroço (endocarpo). Relação epicarpo + mesocarpo ÷ endocarpo = 6,0.
O azeite da Ascolana Terena
Apesar de sua principal vocação ser para mesa – uma vez que possui pouco óleo em sua composição (+/- 37% de gorduras totais) – é possível encontrar no mercado alguns azeites que a utilizam para compor uma mistura. Um exemplo é o Olio Extra Vergine di Oliva Castello Banfi.
A Ascolana é um claro exemplo de oliveira que não protagoniza no mundo a olivicultura, mas trás uma contribuição importante tanto à mesa – como azeitona, por seu sabor -, bem como em blends de azeites de outros cultivares, ajudando no equilíbrio do produto final.
SFotografia
03/07/2018 18:47Muito boas informações e os links com glossário!